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SALÁRIO OU SUSTENTO MINISTERIAL


O que recebemos, salário ou sustento ministerial? No mundo de hoje tempo é dinheiro por que pensar em dinheiro toma todo o nosso tempo. Estamos pensando nele para quitar nossas dívidas do passado, pensamos nele para realizar nossos desejos do presente, ou pensamos nele para nos dar segurança no futuro. O tema agrava-se mais nesse ambiente tenso econômica e politicamente em que passa o país. Mas esse tempo se torna importante para os ministros do evangelho fazerem uma avaliação da sua relação com o dinheiro e quais os princípios que os levaram para este ministério. Vamos buscar responder essa pergunta, mas antes vamos aos princípios.

Escolhemos três princípios que ajudam sempre quando as tensões do mercado, ou as dúvidas quanto o valor junto a sociedade ou as dificuldades na relação igreja- pastor possam existir na caminhada. São eles:

1. Deus é o meu “patrão”: Ele é o provedor que sustenta o ministro. Ele usa os meios que quiser para sustenta-lo, seja a igreja, ofertas ou pessoas mantenedoras para tanto. Isso significa que o ministro não está preso à diretoria, assembleia, irmãos com “dízimos gordos” ou outras circunstâncias. Ele deve estar livre para fazer o que precisa ser feito para agradar o seu Senhor que o sustenta.

2. Gente é o meu “negócio”: As pessoas são o foco do ministério pastoral. Conduzir, cuidar delas, e ajudá-las no seu crescimento espiritual e capacitá-las para que façam discípulos essa é a vocação do pastor. Deus o chamou para isso. Ele deve estar focado na saúde da ovelha e não no tamanho do rebanho. Pois isso leva a perda do foco nas pessoas para trabalhar no criar, fazer crescer e manter estruturas, que nos levam ao engano de que sucesso é ter uma igreja grande que possa me pagar bem, acreditando que o “êxito do crescimento” deve a sua capacidade de gestão. A avaliação não deve ser feita pelo tamanho das estruturas, pois isso nos leva a comparar com os executivos do mundo corporativo e desejar os salários deles. Quanta frustração quanto fazemos essas comparações! Deus nos chamou para cuidar de gente e isso deve ser a nossa realização.

3. Dinheiro é o meu “empregado”: Ele nunca pode ser o meu patrão, Senhor ou dono, ele está a minha disposição para suprir as minhas necessidades. Falo de necessidades e não de desejos pois a dignidade do trabalho está em poder suprir suas necessidades, honrando os compromissos adquiridos e mantendo o bom nome na praça. Quando trabalhamos para manter os nossos desejos nos tornamos escravos deles e do dinheiro. Como os nossos desejos são insaciáveis, sempre teremos que trabalhar mais e mais. Quando o salário é apenas o sustento das minhas necessidades, eu fico livre para receber a verdadeira paga pelo meu trabalho que é cuidar de pessoas e vê-las transformadas pelo poder de Jesus em suas vidas. O meu salário não me paga, ele apenas me sustenta, não estou no ministério por causa dele. Ele não é o fruto que me alimenta no ministério. O fruto do meu ministério é o legado de fé que deixo na vida das pessoas. O salário é para a minha subsistência.

Baseado nesses três princípios chegamos a resposta que:

O ministro deve ter um sustento ministerial, pois “ digno é o trabalhador de seu salário” (Mt 10.37b).

Mas que deve viver uma vida modesta, sem ostentação pois não cabe a quem escolheu não trabalhar por dinheiro e sim por um sonho, uma vocação, um ideal, fazer da piedade uma fonte de Lucro.( 1 Tm 6.5-8).

Que devemos nos medir pela régua da realização de agradar a quem nos alistou para a guerra ( 2 Tm 2.4) e a saúde dos nossos soldados ( 2 tm 2.10), e não pelo sucesso aparente do exército.

Não trabalhamos por dinheiro pois quem trabalha por dinheiro é o assalariado e já recebeu a sua recompensa no fim de cada mês, tem o compromisso com os dinheiro e não com as ovelhas (João 10.12-13) mas trabalhamos esperando a recompensa do nosso grande pastor Jesus naquele grande e glorioso dia em que receberemos a imperecível coroa de glória.( 1 Pe 5.1-4)

Esse é o nosso verdadeiro salário, fora disso, o resto é apenas sustento.

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