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DISCIPLINA NA IGREJA: cisão, migração e fofoca


O leitor deste artigo certamente poderá apontar mais de uma Igreja que de alguma forma passou por uma cisão ou divisão! Esta não precisa ser necessariamente estrondosa, ou noticiada aos quatro ventos. Fato é que são inúmeras as situações vivenciadas por membros de Igreja, lideranças e pastores, que podem ser identificadas como uma divisão. Basta questionar alguns e a resposta será: “sim, as panelinhas existem!”. Quando este sinal não for considerado com maturidade, prejuízos futuros poderão ser anotados.

O fato precisa ser enfrentado e trabalhado biblicamente. Inúmeros são os textos bíblicos que mencionam o propósito do Senhor da Igreja, em que esta seja unida. O mais impactante é o de João 13.35 – “Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” O resultado evangelístico por trás deste princípio do Senhor Jesus é inimaginável. Outros textos, como, I Coríntios 12, Efésios 4.3, Filipenses 2.2, 3.15 e I Pedro 3.8. Leia e medite nestas passagens.

As cisões e divisões acontecem, em geral, a partir de uma postura orgulhosa de um para com alguém outro, ou de um determinado grupo dentro da Igreja em relação aos outros. Este pecado mina toda e qualquer boa relação humana. O apóstolo Paulo diz assim em Gálatas 5:26 - “Não nos tornemos orgulhosos, provocando-nos uns aos outros e tendo inveja uns dos outros.” Observe que as palavras ‘orgulho’ e ‘provocação’ andam juntas. Quando isto entra, de alguma forma, entre os irmãos da Igreja, algo precisa ser feito com urgência.

Cabe a cada um, primeiramente, com humildade diante do Senhor da Igreja, examinar-se a si mesmo (I Co. 11.28 e Sl. 139.23,24). Quais são as motivações que leva a alguém a pensar e a agir orgulhosamente a respeito de alguém ou de outro grupo? O sábio vai dizer que a “arrogância antecede a destruição, e a altivez do espírito antecede a queda.” (Pv. 16:18) deixar que tal pecado prolifere na Igreja, é levar mesma literalmente à destruição. Destruição do bom nome do Senhor, do testemunho cristão na sociedade, bem como a leva à queda a outros pecados de relacionamento, afetando inclusive a família. Por isso, a avaliação é individual e a mudança de pensamento deve ser imediata (Rm 12.2)

O procedimento indicado pelo Senhor Jesus em Mateus 18. 15-17 deve estar presente na Igreja, e por iniciativa de qualquer um de seus membros. Muitas vezes espera-se que a liderança tome a iniciativa de conversar com aquele que está incitando alguma discórdia. Na prática, o fato em geral é detectado antes mesmo de chegar ao conhecimento dos líderes, e até mesmo do Pastor. Agir como se não tivesse nada a ver com a situação, produz resultados destruidores, porém, ao falar com o irmão, e “se te ouvir, ganhaste teu irmão” (Mt. 18.15), e a Igreja estará desfrutando paz.

Sem dúvida alguma, o pastor da Igreja e a liderança, é que mais devem zelar pela manutenção e, se necessário, a restauração da unidade. Isto por que o pastor é colocado para ensinar e orientar a Igreja (leia Tito 1.1-16). Também estão postos para conduzir os crentes à maturidade, que é a unidade na “estatura de Cristo” (Ef. 4.11-13). Em Hebreus 13.17, fica muito claro que o pastor tem a responsabilidade de cuidar dos membros de sua igreja e há de prestar contas de “ovelhas” ao Sumo-Pastor. Isto traz uma responsabilidade enorme sobre o que é ensinado, pregado e transmitido pelo pastor à Igreja. Tendo em vista que este seu ministério estará contribuindo para ataviar a “noiva” do Senhor (cf. Ap. 19.6-9).

Ainda merece destaque, por fim, a menção às obras da carne e o fruto do Espírito. Em Gálatas 5.19-26 o Apóstolo Paulo menciona que “inimizades, rivalidades e ciúmes; ira, ambição egoísta, discórdias, partidarismo e inveja”, são resultantes de uma vida na carne, ou seja, onde o Espírito Santo não tem vez. Por outro lado, onde o Espírito Santo atua há paz, humildade e domínio próprio.

Portanto, trabalhar para a unidade da Igreja, é honrar ao Senhor, promover o evangelho e vencer as artimanhas daquele que não deseja o crescimento do Reino de Deus (II Co. 2.10,11). Você e eu somos responsáveis por isso!

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